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Título: Se pudesse ressurgir eu viria como o vento: Das narrativas da dor:um estudo sobre práticas de modificações corporais e afetividades na experiência da travestilidade
Autor(es): SILVA, Adrianna Figueiredo Soares da
Palavras-chave: Dor; Abjeção; Corporalidade; Performance; Teoria Queer; Gênero; Travestilidade
Data do documento: 31-Jan-2008
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: Figueiredo Soares da Silva, Adrianna; Bivar Carneiro Campos, Roberta. Se pudesse ressurgir eu viria como o vento: Das narrativas da dor:um estudo sobre práticas de modificações corporais e afetividades na experiência da travestilidade . 2008. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008.
Abstract: Desde a modernidade, as sociedades contemporâneas ocidentais, vêm sugerindo um imaginário poluidor próprio, principalmente através da institucionalização da heterossexualidade; da atmosfera naturalizante de corpos-sexuados; e do discurso médico e jurídico, que infere o normal e o anormal. As travestis parecem se encontrar no limiar de muitos desses significantes poluidores, não fazendo parte dos corpos que importam, dos corpos sexuados e inteligíveis, onde usualmente a questão da travestilidade e tomada em sua dimensão grotesca e erotizada; e sua hibridez, ou ainda a própria possibilidade de existência desta hibridez, se torna fator revelador da não linearidade necessária entre desejo sexual, gênero e corpo. Demonstram, assim, a carne viva, numa performance social pulsante, o caráter manufaturado dessas representações, que são a todo momento articulados entre si, através de identificações de gênero experienciadas tanto através de questões cognitivas, relacionadas a idéia de eusdesejantes e da autoconstrução, quanto à questões mais objetivas, as quais revelam a reiteração de dispositivos de sexualidade e de matrizes culturais de percepção do indivíduo, que o ajudam a formular o imaginário sobre si e sobre o mundo. Assim as experiências emocionais, proferidas através das narrativas da dor, tomam centralidade deste trabalho, visando perceber através deste discurso, bem como suas representações na experiência de corporalidades vividas, os questionamentos que envolvem quebras de representações de teor essencial; vivências e estados de abjeção e táticas de subversão cotidiana. Seguindo uma abordagem antropológica de gênero, e dialogando com as chamadas teorias queer, foi possível perceber que se entrelaçam nestas narrativas da dor , encontradas na experiência da travestilidade, duas linguagens: A linguagem Política , onde se alinham discursos sobre as dores do enfrentamento social e da conseqüente abjeção; e a da Satisfação , relacionada às dores de suas práticas de modificações corporais, significadas como fator positivo, de realização, empreendimento e adequação. Essas duas linguagens se tornam elementos de um jogo difuso, e o que se procurou refletir, foi justamente, como ocorrem essas articulações entre dores e prazeres, entre identificação e exclusão, demonstrando-se como um profícuo campo de investigação para esta temática, na qual as narrativas da dor nos levam a pensar sobre as articulações entre ação e emoção, ao mesmo tempo em que esboça a dor como política, atuando com um elemento distintivo de suas trajetórias. A idéia da dor aparece aqui, como reflexividade e espaço de intervenção, onde se afirmará a dignidade e a condição de humanidade
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/404
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Antropologia

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